A FNFI e o "Gabinete de Antropologia"
O “Gabinete de Antropologia” ou “Cátedra de Antropologia” na UFRJ teve sua origem em 1939 no âmbito do recém-criado Departamento de Ciências Sociais da Faculdade Nacional de Filosofia da, então, Universidade do Brasil. O fundador da cátedra e o primeiro catedrático foi o Professor Arthur Ramos.
Nos anos seguintes, a Professora Marina São Paulo Vasconcelos, aluna de Arthur Ramos, foi contratada como assistente. Em 1950, após a morte de seu mentor, assumiu como catedrática. D. Marina, como era chamada pelos colegas e alunos, contratou mais tarde a Professora Hortência Caminha como sua assistente.
Ainda na década de 50, aproximadamente em 1958, o Prof. Darcy Ribeiro ingressa no “Gabinete de Antropologia” e passa a ser o responsável pela disciplina “Etnologia e Língua Tupi”. O Professor Wilson Argrives se ocupa da cadeira de Antropologia Física.
Da criação do “Gabinete” em 1939 por Arthur Ramos até meados da década de 50 observa-se um crescimento já significativo no corpo docente, agora, contando com 4 docentes responsáveis pelas áreas temáticas que constituíam a Antropologia Brasileira desenvolvida no “Gabinete de Antropologia da Universidade do Brasil”: estudos de relações raciais, Etnologia Indígena e Antropologia Física.
Resistência e consolidação
No momento mais duro de repressão da ditadura militar no Brasil, com a promulgação do AI-5, em 1968, D. Marina era Diretora do recém-criado Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. O IFCS foi duramente golpeado e teve diversos de seus professores cassados, entre os quais estava D. Marina.
Em meio ao cenário de perseguições políticas, entre o final dos anos 60 e início dos 70, novos professores foram incorporados ao Instituto e contribuíram decisivamente para a continuidade do curso de Ciências Sociais. Na Área de Antropologia, Hortência Caminha e Wilson Argrives, que ainda permaneciam no corpo docente, recebem a companhia de Paulo Marcos Amorim, Gilberto Velho, Yvonne Maggie de Leers Costa Ribeiro, Luitgarde Cavalcanti, Venúsia Cardoso, Paulo Roberto de Azeredo e Neide Esterci.
O Departamento de Antropologia Cultural
Entre o final dos anos 70 e 80, uma nova leva de contratações propiciou um impulso definitivo à consolidação da Área de Antropologia no Departamento de Ciências Sociais do IFCS. Ingressaram os professores Maria Rosilene Barbosa Alvim, José Reginaldo dos Santos Gonçalves, Beatriz Heredia, Marco Antonio da Silva Mello, Filippina Chinelli, Marie-France Garcia, Elina Pessanha, Flávio Pessoa de Barros, Clarice Novaes da Motta, Marco Antonio Gonçalves, Maria Lina Leão Teixeira, Regina Novaes e Vera Calheiros da Matta.
Em meados dos anos 90, o quadro foi acrescido pelos professores Peter Henry Fry, Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, Mirian Goldenberg e Olívia Gomes Cunha.
Nesse contexto, a equipe que integrava a Área de Antropologia do Departamento de Ciências Sociais era composta por 22 docentes. Este número de docentes aliado à qualidade das formações e a diversidade de áreas temáticas fazia da Área um “Departamento” não institucionalizado.
Em 1995, inicia-se um debate, em conjunto com Sociologia e Ciência Política, para a criação de três departamentos distintos. Da perspectiva da Antropologia, parecia ser o momento de visibilizar um investimento sólido ao longo dos quase 60 anos que resultava numa institucionalização definitiva da área na no IFCS e na UFRJ: a criação do Departamento de Antropologia Cultural.
A partir dos anos 2000 se somaram à equipe do Departamento os professores Emerson Giumbelli, Cesar Gordon, Karina Kuschnir, Daniela Manica, Octavio Bonet e Fernando Rabossi. A partir de 2010 seguiram as contratações de Maria Barroso, Wagner Chaves, Luiz Costa e Julia O’donnell. A partir de 2018 foram incorporados Letícia Carvalho, Tatiana Bacal, William Corbo, Rodrigo Toniol, Roberta Guimarães, Clara Flaksman e Eugênia Motta.
O “Gabinete de Antropologia” ou “Cátedra de Antropologia” na UFRJ teve sua origem em 1939 no âmbito do recém-criado Departamento de Ciências Sociais da Faculdade Nacional de Filosofia da, então, Universidade do Brasil. O fundador da cátedra e o primeiro catedrático foi o Professor Arthur Ramos.
Nos anos seguintes, a Professora Marina São Paulo Vasconcelos, aluna de Arthur Ramos, foi contratada como assistente. Em 1950, após a morte de seu mentor, assumiu como catedrática. D. Marina, como era chamada pelos colegas e alunos, contratou mais tarde a Professora Hortência Caminha como sua assistente.
Ainda na década de 50, aproximadamente em 1958, o Prof. Darcy Ribeiro ingressa no “Gabinete de Antropologia” e passa a ser o responsável pela disciplina “Etnologia e Língua Tupi”. O Professor Wilson Argrives se ocupa da cadeira de Antropologia Física.
Da criação do “Gabinete” em 1939 por Arthur Ramos até meados da década de 50 observa-se um crescimento já significativo no corpo docente, agora, contando com 4 docentes responsáveis pelas áreas temáticas que constituíam a Antropologia Brasileira desenvolvida no “Gabinete de Antropologia da Universidade do Brasil”: estudos de relações raciais, Etnologia Indígena e Antropologia Física.
Resistência e consolidação
No momento mais duro de repressão da ditadura militar no Brasil, com a promulgação do AI-5, em 1968, D. Marina era Diretora do recém-criado Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. O IFCS foi duramente golpeado e teve diversos de seus professores cassados, entre os quais estava D. Marina.
Em meio ao cenário de perseguições políticas, entre o final dos anos 60 e início dos 70, novos professores foram incorporados ao Instituto e contribuíram decisivamente para a continuidade do curso de Ciências Sociais. Na Área de Antropologia, Hortência Caminha e Wilson Argrives, que ainda permaneciam no corpo docente, recebem a companhia de Paulo Marcos Amorim, Gilberto Velho, Yvonne Maggie de Leers Costa Ribeiro, Luitgarde Cavalcanti, Venúsia Cardoso, Paulo Roberto de Azeredo e Neide Esterci.
O Departamento de Antropologia Cultural
Entre o final dos anos 70 e 80, uma nova leva de contratações propiciou um impulso definitivo à consolidação da Área de Antropologia no Departamento de Ciências Sociais do IFCS. Ingressaram os professores Maria Rosilene Barbosa Alvim, José Reginaldo dos Santos Gonçalves, Beatriz Heredia, Marco Antonio da Silva Mello, Filippina Chinelli, Marie-France Garcia, Elina Pessanha, Flávio Pessoa de Barros, Clarice Novaes da Motta, Marco Antonio Gonçalves, Maria Lina Leão Teixeira, Regina Novaes e Vera Calheiros da Matta.
Em meados dos anos 90, o quadro foi acrescido pelos professores Peter Henry Fry, Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, Mirian Goldenberg e Olívia Gomes Cunha.
Nesse contexto, a equipe que integrava a Área de Antropologia do Departamento de Ciências Sociais era composta por 22 docentes. Este número de docentes aliado à qualidade das formações e a diversidade de áreas temáticas fazia da Área um “Departamento” não institucionalizado.
Em 1995, inicia-se um debate, em conjunto com Sociologia e Ciência Política, para a criação de três departamentos distintos. Da perspectiva da Antropologia, parecia ser o momento de visibilizar um investimento sólido ao longo dos quase 60 anos que resultava numa institucionalização definitiva da área na no IFCS e na UFRJ: a criação do Departamento de Antropologia Cultural.
A partir dos anos 2000 se somaram à equipe do Departamento os professores Emerson Giumbelli, Cesar Gordon, Karina Kuschnir, Daniela Manica, Octavio Bonet e Fernando Rabossi. A partir de 2010 seguiram as contratações de Maria Barroso, Wagner Chaves, Luiz Costa e Julia O’donnell. A partir de 2018 foram incorporados Letícia Carvalho, Tatiana Bacal, William Corbo, Rodrigo Toniol, Roberta Guimarães, Clara Flaksman e Eugênia Motta.